domingo, 23 de janeiro de 2011

De que acham que sou feito?



De que acham que sou feito?
Porque não vês minhas lagrimas
Não quer dizer que não choro.

Porque não conheces meu leito
E nem que eu seja anátema
Mesmo nas muitas vezes que não oro.

Se eu choro, eu canto
E no meio do meu pranto
O soluço do silêncio opaco
Que naquele velho e triste quarto
Me causa tanto espanto
E de medo me quebranto.

Na dor da perda inesperada
Uma surpresa súbita e implacável
Que me sufoca sem dó.

A dor que chega sem ser convidada
Transformando o gosto do mel em fel
Sem descrição ao sentimento maior.

Não quero dividir nada
Nem das lágrimas a água
Que molharam meu rosto
E como se já não estivesse posto
A alegria que uma hora se finda
Até da melhor frase, a mais linda.

Desse poeta ficam as palavras
Que talvez tenham sido em vão
Que desse mundo cão não sente falta
Nem da dor, por mais que seja alta
E onde for, vai... ou vão
Levando daqui as velhas palavras ladras.

Um comentário:

Alline Stefanny disse...

Poesia lindaaa, lindaa

"Se eu choro, eu canto
E no meio do meu pranto
O soluço do silêncio opaco
Que naquele velho e triste quarto
Me causa tanto espanto
E de medo me quebranto".

essas palavras não foram em vão *--*

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