quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ser escritor...




Ser escritor...
O que é escrever?
Não é pensar como papel
Escrever como um coração
Cortar palavras com artimanha
Letras e espaços
Sinais e acentos, ao vento
Na poesia, colocada em versos
Em avessos, textos, prosas
Tem até o silêncio,
Que diz muito, que diz nada, que diz...
A simples demonstração do sorriso, aviso
Difícil e fácil para entender
O estranho, o muito, o pouco...
Ser escritor é isso.
Não é muito e não é pouco. É suficiente.
É pensar como amigo, como inimigo
Como orador, como conselheiro, como poeta
Como néscio, como inteligente.
Ou como qualquer coisa.
Com fome ou sem fome as palavras vêm.
Se o escritor adoece a poesia deixa estrofe
E em cada batida do coração um verso
E em cada lápide da saudade
A idéia, o fim da vida, a liberdade do poeta
Chega a estação do descanso eterno.
Onde a caneta se despede
Da maestria do escritor.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Poesia, versos livres



Se para cada palavra
Dita, fosse escrita
Na madeira do coração
Em consolação a dor
Do amor varrido
Junto com a folha caída
Do sentimento perdido
Da triste emoção.

E alguma coisa
Em algum lugar que
Talvez quisesse estar
A palavra esculpida em
Madeira, ou pedra, ou em mármore acabar
Porque poderia fazer um verso grande e não dizer nada ao final dele
E
De nada
Adiantaria
Poucas palavras
Poça d’água
Sentimento profundo, valor
Da lágrima que cruza
Em uma descida ofegante
Até parar em minhas mãos
Por isso eu admiro.

Traz uma maçã para mim
E até o fim, assim, quem sabe
Eu diga que te amo
E que as palavras me estimaram
O sentimento floresceu, a dor
Desapareceu e estou a esperar
Por suas mãos, carinho e...
Por todos esses anos.

quarta-feira, 7 de março de 2012

A saudade todo mundo vê diferente



Como a gente sente saudade...
Saudade das palavras.
Saudade da poesia.

Como poeta
Sinto saudade das palavras.
Como escritor,
Das histórias.
Não que tenha tais predicados
Mas como preguiçoso,
Me contento com o computador.
Como apaixonado,
Com a companhia.

A saudade todo mundo vê diferente
Ou nos coloca para trás ou para frente.
Sei que a saudade
Traz o desmitificar do abraço,
O brilho da companhia
Talvez esquecida,
Mas muito sentida.
Saudades...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Nem tudo são só palavras




Não me elogie...
Não massageie meu ego
Por algum momento posso pensar
Que sou digno de tais palavras.

O universo é imenso
Mas o dicionário é maior.
Se o mundo fosse tão grande
Ele não seria uma palavra tão pequena.
E o Maior de todos se resumiu
Virou uma Palavra curta
Virou um Verbo
Uma criança pequena.

E eu em minha insensatez
Quero ser grande, abraçar a todos
Beijar, chorar, explodir!
Viver, morrer, ir além...
Imaginação infértil, poucos versos
Se o grande fosse tão grande
Ele saberia que pequeno é maior que grande
E que poesia se faz com palavras no ventilador.

O mais longe que posso ir
É ao fundo da página de papel
E mergulhar, garimpar e externar.
No fim de tudo sorrir e ver o resultado.
Sabe por que não aceitar os elogios?
Porque nem tudo são só palavras

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Posso Voar?




Se eu posso voar
Não quero voar sozinho
Abandonar meu ninho
Deixar o meu lar.

Onde está a companhia?
Todos vêem, eu não.
Uns vem e outros vão
Existe alguma magia?

Se pudesse, escreveria só reticências...
E terminaria. Experiência?
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