terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Um pobre pecador analisando um falso evangelho



Prossigo caminhando. Olhando para todos os lados, contemplando as maravilhas do Eterno, sua infinita Graça e bondade e reconhecendo que não sou digno nem merecedor do mínimo que Ele tem feito para comigo.

Em uma breve comparação, coloco-me frente-a-frente com “a geração do merecimento, dos conquistadores dos limites da terra, dos que andam abaixo das proteções de patriarcas, apóstolos e demais dessa hierarquia”.

São tantos nomes, tantas proposições, adjetivos, verbetes e expressões que levam “além” da Graça e do Amor, levam um evangelho reformulado e adaptável a tudo e a todos. Homens tomando os lugares de pais da Igreja; reformulação das bases do protestantismo.

Me indago sobre a difícil tarefa de carregar a própria cruz ou mesmo do negar a mim mesmo, minhas vontades e desejos, tentar, por mesmo que seja por um breve momento, me “descolar” dessa natureza de pecado (e, diga-se de passagem, até agora sem sucesso) enquanto “i”grejas têm feito super-heróis da fé, gigantes do sobrenatural de d”eu”s e a condensação do reino a base de dinheiro.

A cruz protestante deixada o mais escondido possível para que não se espante a clientela. Clientes que não analisam a qualidade dos “produtos” oferecidos nos lugares que ainda chamam de púlpitos. A era em que o mercantilismo novamente tomou lugar onde deveria ser chamado casa de Deus.

Ao deparar com minha natureza deplorável, cheia de misérias, feridas, fétida, as poucas obras que um dia fiz, sem nenhum marketing ou conhecimento sobre tal para fazer alguma divulgação, às vezes, me envergonho diante de tanta obra feita por homens. [não sinto vergonha por não fazer ou não ter capacidade como eles, mais sim por eles procurarem os méritos dos quais não são merecedores e usurparem a Glória que deveria ser dada somente a uma Única Pessoa]

Estão transformando o evangelho em falácia (ou transformaram); a cruz é um faz de conta e nos lugares que ainda acham que esta tem alguma função, ela não passa de simbologia ou algum esdruxulo item de decoração; o que deveria ser o Amor de Deus se tornou em um deus desesperado por atitudes humanas como se precisasse de algo; o nome de Jesus se tornou uma palavra mágica para atender pedidos de crianças mimadas que nada sabem fazer/falar/orar/peticionar e assim o gênio da lâmpada pode realizar; o Espírito Santo se transformou em um guarda do zoológico para animais de todos os gostos, tipos, raças e espécies; e eu? Lutando para sobreviver no meio dessa parafernália e tentando guardar a fé com a esperança de um dia acabar com a carreira, se não me derem uma carreira.

Não mereço o Amor, a Confiança e a Palavra a mim confiada. Rogo pelo Seu perdão e agradeço por ser alcançado pela Sua Graça. Pregar não sei, escrever mais ou menos, tocar muito menos. E na semelhança da viúva que deu tudo o que tinha, assim também o faço. Não são muitas coisas e muito menos alguma coisa que renda louvores e elogios, mas é tudo que eu tenho.

Romanos 11.36 - Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém! 

Postado anteriormente em IDE (iconoclastasdoevangelho)

2 comentários:

Márcia Gabriela Mota disse...

Parabéns Isaque.
cada vez melhor com as palavras :)

=**

Isaque Vitor disse...

Obrigado Márcia... =D
Deus abençoe... juízo ^^

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