Admiro muito as pessoas que
guardam seus versos e poesias próprias em suas mentes. Nunca consegui isso. Não
sei se pelo fato de já ficar satisfeito em conseguir prender algumas palavras
em versos e prosas e encarcerá-los no papel. Não conseguiria deixá-las
trancafiadas em minha mente. Elas sempre precisam alçar vôos altos.
Assim como a capacidade de uma
criança lançar uma pedra muito alta assim também é minha limitação e domínio
para com as palavras. Na mente da criança a pedra está passando da lua, dando
volta ao universo, atravessando a órbita de planetas extraterrestres e assim
vai indo. Mas a realidade é que a pedra já chegou ao chão faz tempo.
Nas poesias rasas para mim
alcancei as estrelas. Sem métrica e rima já dei uma volta no universo. Na minha
mente está a fantasia. Olho para o céu e, mesmo que não veja mais a pedra,
contemplo-a se perdendo pelo azul celeste. O silêncio dos meus pensamentos me
diz para sentar e tentar escrever.
Desse modo, encosto-me em uma
Árvore e busco uma sombra para novamente dar asas a minha imaginação. Pego meu
papel como a criança que pega a pedra e tento dar o meu melhor novamente. Para
mim, em alguns segundos estarei chegando novamente ao Paraíso. Já para você,
não sei; mas também não me preocupo muito com isso. rsrs